Bioenergia e Mercado Livre: o potencial da biomassa em Mato Grosso do Sul

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A bioenergia é toda forma de energia gerada a partir de matéria orgânica renovável. No contexto do agronegócio, isso significa principalmente a biomassa vegetal: restos agrícolas como bagaço de cana, palha de milho e cascas de soja que, quando aproveitados corretamente, podem se transformar em uma poderosa fonte energética.

O Mato Grosso do Sul é hoje um dos maiores polos agroenergéticos do Brasil, com grande concentração de usinas de açúcar e etanol, produção intensa de grãos e uma agenda consolidada de sustentabilidade. Esse cenário faz do estado um território estratégico para a expansão da energia a partir da biomassa, promovendo circularidade, economia verde e novas oportunidades no Mercado Livre de Energia.

Resíduos agrícolas como fonte energética: o potencial da biomassa no MS

O potencial energético da biomassa no Brasil varia conforme o tipo de resíduo agrícola e a tecnologia de conversão utilizada. Mas, de forma geral, estima-se uma média de 5 MWh por tonelada de biomassa. Essa energia pode ser utilizada para geração de eletricidade, calor ou biocombustíveis, com destaque para a cana-de-açúcar como principal fonte.

Em 2023, a biomassa atingiu um recorde de contribuição ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com uma média de 3.218 MWm, o que significou 4,6% de toda a demanda de energia consumida. No Mato Grosso do Sul, o cenário é especialmente promissor graças à produção expressiva de cana, milho e soja, além da presença de grandes usinas e infraestrutura energética favorável. 

Os resíduos gerados por essas culturas oferecem um enorme potencial de geração local, limpa e renovável:

  • bagaço de cana-de-açúcar: potencial médio entre 0,4 e 0,5 MWh por tonelada;
  • palha de cana: 0,8 a 0,9 MWh por tonelada;
  • casca de soja: 0,016 e 0,018 MWh por tonelada;
  • resíduos de milho: cerca de 0,014 MWh por tonelada para o resíduo total, ou cerca de 0,02 MWh por tonelada para o sabugo e palha do milho;
  • vinhaça: 0,003 e 0,005 MWh por tonelada.

Essa sinergia entre produção agroindustrial e geração energética posiciona o MS como um dos estados com maior capacidade de desenvolver projetos de bioenergia integrados à cadeia produtiva, promovendo eficiência, sustentabilidade e geração de receita.

Usinas como protagonistas da bioenergia no MS

As usinas de açúcar e etanol já são, há décadas, as principais responsáveis pela cogeração de energia a partir da biomassa no Brasil.

No Mato Grosso do Sul, esse papel ganha ainda mais relevância. Muitas dessas usinas operam com sistemas que utilizam bagaço de cana e outros resíduos agrícolas para gerar energia térmica e elétrica, suficiente para abastecer a própria planta e, em alguns casos, gerar excedentes.

E esse excedente energético pode ser vendido no Mercado Livre de Energia. Ao migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), a usina passa a ter liberdade para negociar diretamente com consumidores ou comercializadoras, definir prazos, preços e condições contratuais — e monetizar a energia limpa que já produz.

Esse modelo é especialmente vantajoso para:

  • usinas que operam com alta eficiência energética e já produzem mais do que consomem;
  • empresas que desejam diversificar receitas e explorar oportunidades além do mercado regulado;
  • produtores que querem integrar energia e agroindústria em uma estratégia ESG sólida e rastreável.

Circularidade e sustentabilidade: agregando valor à produção

O reaproveitamento de resíduos agrícolas para geração de energia é uma das formas mais eficazes de implementar economia circular no campo. Em vez de descartar o bagaço, a palha ou a casca, o produtor passa a transformá-los em energia, reduzindo o impacto ambiental e criando um ciclo produtivo mais eficiente.

Esse processo reduz a emissão de gases de efeito estufa, evita a queima ou o acúmulo de resíduos e pode ser integrado a projetos de certificação de energia limpa, como os I-RECs (Renewable Energy Certificates), agregando valor à produção e fortalecendo o posicionamento ambiental da marca.

Além disso, o uso da biomassa contribui diretamente para a agenda ESG, cada vez mais relevante para investidores, financiadores e compradores internacionais. Em mercados como União Europeia, Estados Unidos e Ásia, o uso de energia renovável em processos industriais já é critério de qualificação em diversas cadeias de suprimento.

Inserção no Mercado Livre: vantagens para quem gera biomassa

Produtores e usinas que geram energia a partir da biomassa podem se tornar autoprodutores ou comercializadores no Mercado Livre de Energia. Mas o que isso significa, na prática?

O Mercado Livre é um ambiente em que consumidores e geradores de energia podem negociar diretamente as condições de fornecimento — como preço, prazo, tipo de fonte e volume contratado — sem depender das regras e tarifas do mercado regulado, controlado pelas distribuidoras locais.

Para quem gera energia com biomassa, há duas principais formas de atuação no MLE:

  • autoprodutor: quando a empresa gera energia para consumo próprio e pode usar essa energia para abater seus custos com eletricidade;
  • comercializador/gerador: quando há excedente de energia gerada e esse volume pode ser vendido para outras empresas no mercado livre, por meio de contratos bilaterais.

Entre os principais benefícios, estão:

  • receita adicional com a venda da energia excedente para outros consumidores no ACL;
  • possibilidade de firmar contratos com parceiros agroindustriais, criando cadeias energéticas locais;
  • redução dos próprios custos energéticos, com autoprodução ou compensação;
  • acesso a energia renovável com certificação internacional (como I-RECs), valorizando a marca e o produto final;
  • customização dos contratos conforme perfil de geração, volume, sazonalidade e preços de mercado.

Para vender a energia gerada por biomassa no Mercado Livre, o produtor ou a usina precisa estar registrada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ter estrutura de medição adequada e contar com suporte regulatório. 

É um processo técnico, mas totalmente viável com o acompanhamento de uma gestora especializada, como a Clarke Energia.