Florianópolis conquistou, nos últimos anos, o título de “Vale do Silício brasileiro”. E não é à toa: segundo a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), a capital catarinense abriga mais de 4 mil empresas de base tecnológica.
O setor é diverso e intenso: startups de inteligência artificial, big data, healthtechs, edtechs, games e data centers convivem em um ambiente altamente competitivo. Essas empresas operam 24/7, muitas vezes com estruturas de servidores, clusters e sistemas em nuvem que demandam consumo energético constante e elevado.
Apesar disso, ainda é raro encontrar fundadores e gestores que olhem para a energia como um vetor estratégico. E é sobre isso que vamos falar aqui neste artigo, onde você vai entender como o Mercado Livre de Energia pode se tornar um diferencial competitivo para startups e empresas tech de Florianópolis. Acompanhe!
Eficiência energética como ativo de ESG
Cada vez mais, investidores e fundos de venture capital esperam que startups estejam comprometidas com práticas ambientais, sociais e de governança — os famosos critérios ESG.
No quesito ambiental, o uso de energia renovável tem um peso crescente nos relatórios de sustentabilidade e nos pitches de captação. Startups que demonstram responsabilidade nesse aspecto costumam se destacar, inclusive junto a aceleradoras internacionais.
Ao migrar para o Mercado Livre de Energia, a empresa pode escolher contratar energia apenas de fonte renovável, como solar e eólica, por exemplo. E mais do que isso: pode comprovar a sua escolha com certificados reconhecidos globalmente, como os i-RECs.
Além do impacto ambiental positivo, essa escolha também traz ganhos de governança. O controle mais preciso sobre o consumo e os contratos firmados reforça a transparência da operação.
Ou seja: eficiência energética também é ESG.
O que é o Mercado Livre de Energia e como ele se aplica ao setor tech?
O Mercado Livre de Energia é um ambiente em que as empresas podem negociar diretamente com fornecedores as condições de compra de energia elétrica, como preço, fonte e prazo.
Ao contrário do modelo tradicional, em que o consumidor é obrigado a comprar da distribuidora local a um preço regulado, no Ambiente de Contratação Livre (ACL) há liberdade de escolha. Isso permite maior previsibilidade de custos, contratos sob medida e possibilidade de contratar apenas energia limpa.
Startups e scale-ups que operam em média ou alta tensão já podem migrar. Para saber se sua empresa está apta a migrar, é só checar na conta de luz se ela está no Grupo A de consumidores. E, em caso de dúvida, uma gestora como a Clarke Energia pode fazer essa análise gratuitamente.
Benefícios estratégicos da migração para o Mercado Livre
Ao entrar no ACL, as empresas tech de Florianópolis ganham mais do que economia. Ganham competitividade, governança e capacidade de escalar com mais eficiência. Conheça as principais vantagens:
- previsibilidade de custos: contratos com valores fixos ou reajustes definidos evitam surpresas com bandeiras tarifárias ou aumentos repentinos;
- eficiência energética: maior controle do perfil de consumo, permitindo ajustes estratégicos e integração com sistemas de monitoramento;
- ESG e sustentabilidade: acesso garantido a energia limpa e certificada, reforçando o compromisso com boas práticas ambientais;
- inovação: possibilidade de integrar geração distribuída, baterias inteligentes e outras soluções de ponta que reduzem custos e emissões.
Esses pontos reforçam a imagem da startup como empresa moderna, sustentável e comprometida — atributos valorizados tanto por clientes quanto por investidores.
Como isso impacta startups e data centers em Florianópolis
A capital catarinense concentra empresas de tecnologia em diferentes estágios, desde early stage até scale-ups consolidadas. Muitas operam com estruturas híbridas ou em nuvem, demandando consumo energético constante.
Data centers locais, inclusive os que prestam serviço a terceiros, são especialmente beneficiados com a migração para o Mercado Livre, já que conseguem reduzir seus custos operacionais sem comprometer a estabilidade do fornecimento.
Startups que atuam com hardware, jogos, big data e inteligência artificial também lidam com equipamentos de alto consumo. Para essas empresas, que já enfrentam desafios em outras frentes (como captação e escalabilidade), economizar na conta de luz é uma forma inteligente de preservar caixa e ganhar fôlego para crescer.