Você sabe o que é Mercado de Curto Prazo? Entenda essa forma de negociação

Entenda o que é o Mercado de Curto Prazo de energia, como ele funciona e qual o impacto para consumidores no Ambiente de Contratação Livre.
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Consumidores que estão no Mercado Livre de Energia (MLE) precisam entender como funciona o chamado Mercado de Curto Prazo (MCP) para conseguirem fazer boas negociações e operar neste ambiente com mais segurança. 

Neste artigo, você poderá conferir um conteúdo completo sobre este conceito, incluindo suas principais vantagens e como construir boas estratégias para o seu negócio. 

O que é o Mercado de Curto Prazo e como ele funciona?

Em poucas palavras, podemos entender o Mercado de Curto Prazo de energia como um ambiente onde são realizadas as liquidações financeiras das diferenças entre a energia contratada e a energia consumida ou gerada no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Ou seja: ele serve para ajustar o que as empresas de geração e consumo de energia planejam e o que efetivamente entregam ou consomem. 

Assim, o MCP funciona da seguinte forma:

  1. As empresas geradoras de energia e os consumidores firmam contratos de compra e venda de energia no longo prazo. Contudo, imprevistos podem acontecer que fazem com que a geração e/ou o consumo saia do planejado; 
  2. Por isso, ao final de cada mês, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mede a quantidade de energia que cada agente do mercado contratou e compara com a quantidade que realmente gerou ou consumiu. Se a organização gerou mais ou consumiu menos do que o contratado, ela vende essa diferença no MCP. Se gerou menos ou consumiu mais, ela compra; 
  3. As diferenças entre o que foi gerado/consumido e o que foi contratado são liquidadas com base no chamado Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que é calculado pela CCEE de acordo com as condições do sistema, como oferta e demanda de energia e o nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Abordando especificamente a questão do PLD, vale saber que este é o valor de energia calculado em R$ / MWh, sendo utilizado para balizar os preços de todas as negociações e definido de hora em hora pela CCEE para cada submercado nacional (Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul). 

Portanto, podemos dizer que o PLD tem como objetivo equilibrar os custos entre a oferta e a demanda de energia no país. Conforme pontuamos, seu preço é variável devido a uma série de fatores, incluindo condições climáticas, volume de produção das hidrelétricas, demanda de energia pelos consumidores e custo de déficit.

Lembrando que desde janeiro de 2021 passou a ser válido o PLD horário, o que significa que agora são feitas publicações diárias com valores hora a hora para as 24 horas do dia seguinte.

Portanto, podemos perceber que o MCP é um componente essencial da regulamentação e operação do setor elétrico no Brasil, garantindo que as transações financeiras entre os agentes sejam ajustadas com eficiência. 

Principais vantagens e desvantagens do Mercado de Curto Prazo

Quando falamos sobre os dois lados da moeda do MCP, é importante saber que eles estão relacionados principalmente à sua função de ajustar as ofertas e demandas de energia e à volatilidade dos preços que pode apresentar. 

Dessa forma, podemos fazer a seguinte análise:

Vantagens do Mercado de Curto Prazo

  • Flexibilidade para ajustes, permitindo que as empresas compensem as diferenças entre o que foi contratado e o que foi efetivamente gerado ou consumido no curto prazo;
  • Eficiência no balanceamento do sistema energético, compensando as oscilações e contribuindo com a estabilidade do SIN e a segurança energética do país; 
  • Oportunidade de ganhos financeiros para geradores que produzem mais energia do que o contratado, vendendo o excedente a preços que podem ser vantajosos; 
  • PLD refletindo as condições reais do mercado, como a disponibilidade de água nos reservatórios e a demanda por eletricidade, o que pode incentivar a eficiência no uso de energia;
  • Redução de riscos para consumidores e geradores, mitigando ameaças associadas a imprevistos, como oscilações climáticas. 

Desvantagens do Mercado de Curto Prazo

  • Alta volatilidade de preços, pois o PLD é influenciado por diversos fatores, o que pode resultar em custos muito altos para quem precisa comprar energia no MCP; 
  • Risco financeiro elevado para consumidores e geradores que dependem apenas deste mercado para compensar seus desvios; 
  • Falta de previsibilidade, criando desafios para empresas que necessitam de um planejamento mais certo em relação aos custos de energia; 
  • Impactos consideráveis sobre pequenos agentes, como empresas menores, pois as maiores possuem mais recursos para lidar com as flutuações. 

A partir destes pontos, é válido destacar que os agentes do setor precisam estar bem preparados para gerenciar esses riscos e aproveitar os benefícios do Mercado de Curto Prazo. 

 

Como construir uma boa estratégia para atuar no Mercado de Curto Prazo? 

Desenvolver um planejamento eficiente para o MCP de energia envolve algumas considerações que podem ajudar tanto geradores quanto consumidores a maximizar as oportunidades disponíveis. 

Entre elas, podemos citar: 

Análise de dados e previsões

Isso significa usar dados históricos e previsões para entender as tendências de preços e demandas, além de estudar o histórico do PLD e como ele varia em diferentes períodos, identificando padrões que podem ajudar na tomada de decisões.

Planejamento e previsão de consumo/geração

Aqui, a dica é criar diversos cenários levando em conta variáveis como sazonalidade e tendências de mercado, prevendo desvios que podem ocorrer em relação aos contratos de longo prazo. Também é interessante existir uma preparação para possíveis ajustes rápidos na geração e no consumo de energia. 

Gestão de riscos

Pode ser válido considerar a utilização de instrumentos financeiros como contratos futuros ou opções para se proteger contra a volatilidade dos preços. E, para consumidores, a diversificação de fontes de energia ajuda a reduzir a dependência de compras no MCP em momentos de instabilidade.

Estratégias de compra e venda

Ao comprar energia no MCP, é necessário procurar por janelas de oportunidade, ou seja, quando os preços estão mais baixos. Considere as possibilidades em diferentes momentos do dia, conforme a variação do PLD.

Para geradores, a orientação é desenvolver uma estratégia clara de quando e quanto vender no MCP, levantando as previsões de demanda e a capacidade de armazenamento ou gestão da energia.

Colaboração e networking

Por fim, uma estratégia bastante válida é trabalhar em conjunto com outras empresas do setor, compartilhando informações e desenvolvendo planejamentos que beneficiem todos os lados. 

Se possível, procure associações e grupos do setor que promovem atualizações constantes sobre regulamentações e melhores práticas. 

Leia também | Gestão de energia elétrica: como é feita e importância 

Como uma gestora de energia pode contribuir com as negociações no Mercado de Curto Prazo?

A partir edeste artigo, provavelmente ficou claro que, para prosperar no Mercado de Curto Prazo, é preciso estar atento à sua realidade para identificar possíveis oportunidades de ganhos e reduzir os riscos de perdas.

E nada melhor para garantir o sucesso dessas estratégias do que contratando uma gestora de energia

Esta empresa ficará responsável por fazer uma análise correta das variações do mercado, dos preços e do momento de negociação, permitindo lucros maiores. Sem falar que as tomadas de decisões ficam mais seguras quando contam com o apoio de profissionais especializados no assunto. 

Para saber mais sobre essas possibilidades, fale com o time da Clarke e entenda melhor sobre a nossa atuação no MLE. 

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