O Mato Grosso é um dos maiores produtores de algodão do Brasil e do mundo, se destacando na indústria de algodão. Em maio de 2025, 67% da pluma exportada pelo país saiu do estado, totalizando 192,20 mil toneladas enviadas para o mercado externo no mês.
No acumulado do ciclo que vai de agosto de 2024 a maio de 2025, o estado sozinho exportou mais de 1,6 milhão de toneladas — o maior volume já registrado para o período analisado.
Com uma cadeia produtiva altamente mecanizada e processos que vão desde o cultivo até o beneficiamento e exportação, a produção de algodão no interior mato-grossense é uma força econômica que movimenta milhares de empregos e bilhões em receita.
Mas, junto com esse protagonismo, vem também um grande desafio: o custo com energia elétrica, que representa uma das maiores despesas operacionais da indústria algodoeira. Seja no campo, nas usinas de beneficiamento ou nos armazéns, a demanda por energia é intensa e constante.
Diante desse cenário, o Mercado Livre de Energia (MLE) tem se consolidado como uma solução estratégica para os produtores e indústrias do setor. Continue lendo para saber mais sobre ele!
Mercado Livre de Energia como solução inteligente para a indústria de algodão
O Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação que permite que empresas escolham seus próprios fornecedores de energia, negociando preços, prazos e condições contratuais. Isso difere do mercado cativo, onde as tarifas são definidas pelas distribuidoras e reguladas pelo governo.
Para a indústria de algodão do interior do Mato Grosso, essa liberdade pode fazer toda a diferença. A estimativa é que, ao migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), as empresas podem obter economia de até 35% nos custos com energia, dependendo do perfil de consumo e da estratégia contratual adotada.
Além da economia, outro grande benefício é a previsibilidade de longo prazo. O ciclo produtivo do algodão exige planejamento financeiro cuidadoso e contratos fixos com compradores nacionais e internacionais. Ter um custo de energia mais estável ajuda na formação de preço e na negociação de contratos de exportação.
Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia?
Nem toda empresa pode aderir ao Mercado Livre de Energia, mas a boa notícia é que grande parte das indústrias algodoeiras do Mato Grosso já se enquadra nos critérios.
O principal requisito é que a unidade consumidora esteja conectada em média ou alta tensão, o que significa fazer parte do chamado Grupo A de energia elétrica.
No contexto do setor algodoeiro, isso inclui:
- usinas de beneficiamento de algodão que operam com maquinário pesado;
- cooperativas e associações de produtores com estruturas centralizadas para processamento e armazenagem;
- grandes fazendas com sistemas de irrigação elétrica, especialmente nas regiões de cultivo intensivo.
Desafios energéticos no pólo algodoeiro
O setor algodoeiro do Mato Grosso enfrenta uma série de desafios relacionados ao consumo de energia. O processo é intensivo e envolve várias etapas que demandam fornecimento constante e de qualidade.
Entre os principais desafios estão:
- alta dependência de eletricidade nas etapas de beneficiamento, armazenagem e irrigação: o funcionamento das usinas de beneficiamento e dos sistemas de irrigação exige grande volume de energia, principalmente nos meses de pico de produção;
- impacto das variações tarifárias e bandeiras na previsibilidade de custos: as oscilações de tarifa no mercado cativo, causadas pelas bandeiras tarifárias da Aneel, dificultam o controle dos gastos;
- dificuldade de planejamento financeiro e impacto nos contratos de exportação: a volatilidade do custo energético pode afetar diretamente a rentabilidade dos contratos internacionais, principalmente em mercados que operam com margens muito ajustadas;
- falta de flexibilidade nos contratos de fornecimento: no mercado cativo, as opções de negociação são praticamente inexistentes, o que limita a capacidade de gestão de custos das empresas.
Como a Clarke Energia apoia a indústria de algodão
A Clarke Energia tem se consolidado como uma parceira estratégica para o setor algodoeiro no Mato Grosso. Com atuação forte no interior do estado, a empresa oferece consultoria especializada na gestão de energia, ajudando desde grandes usinas de beneficiamento até cooperativas e associações de produtores.
As principais soluções oferecidas pela Clarke incluem:
- análise de viabilidade para migração para o Mercado Livre de Energia: avaliando o perfil de consumo de cada cliente e projetando os ganhos financeiros;
- gestão estratégica de contratos: negociando os melhores preços e condições de fornecimento no mercado livre;
- monitoramento e suporte contínuos: acompanhando as variações do mercado e ajustando as estratégias de contratação de acordo com as necessidades de cada safra;
- atendimento especializado: com conhecimento profundo do setor agro e das particularidades do interior do Mato Grosso.
Se você faz parte da indústria de algodão e quer saber se sua empresa pode se beneficiar do Mercado Livre de Energia, a Clarke oferece um estudo gratuito de viabilidade energética. Entre em contato e descubra como reduzir seus custos!
A energia pode ser uma vantagem competitiva no mercado internacional
Em um cenário global cada vez mais atento às práticas de sustentabilidade, a gestão eficiente da energia pode ser um diferencial competitivo importante para o algodão mato-grossense.
Muitos compradores internacionais, especialmente na Europa e na Ásia, têm incluído critérios ambientais em suas exigências de compra. Redução da pegada de carbono, uso de energia renovável e comprovação de boas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) são fatores que podem influenciar diretamente a escolha dos fornecedores.
Migrar para o Mercado Livre de Energia e optar por contratos com fontes renováveis é uma forma de atender essas demandas, melhorar a reputação da empresa e até acessar linhas de financiamento internacionais que valorizam práticas sustentáveis.
Além disso, a redução de custos com energia impacta diretamente o custo por tonelada produzida, melhorando a competitividade dos produtores frente a outros mercados globais.