Entender o básico de finanças é importante para qualquer empresário que deseja ter mais controle sobre os números do seu negócio. Afinal, mesmo quem não trabalha diretamente na área de finanças precisa saber interpretar relatórios, identificar gargalos e tomar decisões com base em dados.
Aqui neste artigo, você vai conhecer os principais conceitos financeiros, aprender a analisar as finanças da sua empresa e entender como uma gestão bem feita pode melhorar os resultados — inclusive por meio da revisão de custos estratégicos, como a conta de luz.
Acompanhe!
O que é finanças?
As finanças são o conjunto de práticas, métodos e decisões que envolvem a gestão do dinheiro, seja em uma empresa ou na vida pessoal. De modo geral, o objetivo da área financeira é garantir o equilíbrio entre o que entra e o que sai de recursos, permitindo o crescimento sustentável no longo prazo.
E quando falamos especificamente sobre empresas, o papel das finanças vai além de pagar contas. Ele envolve o planejamento de investimentos, o controle do fluxo de caixa, a gestão do endividamento e a avaliação constante da rentabilidade. Já nas finanças pessoais, o foco maior é a organização do orçamento individual e familiar.
Entender essa diferença é importante, pois nas finanças pessoais a prioridade costuma ser o consumo e a segurança financeira, mas, para as empresas, o foco é a geração de valor e o crescimento do negócio.
Principais conceitos de finanças que todo gestor deve conhecer
Antes de partir para análises financeiras mais complexas, o empresário precisa dominar os conceitos básicos. Conheça os principais!
Receita, despesa, lucro e prejuízo
A receita é tudo o que entra no caixa da empresa. A despesa é tudo o que sai. Quando a receita é maior do que as despesas, temos lucro. Quando acontece o contrário, temos prejuízo.
Fluxo de caixa
É o acompanhamento de todas as entradas e saídas de dinheiro em um determinado período. Ele ajuda a entender se a empresa está gerando caixa suficiente para se manter saudável.
Capital de giro
É o valor necessário para manter a operação diária da empresa — pagar fornecedores, funcionários, contas fixas, etc.
Patrimônio líquido
É a diferença entre os ativos (tudo que a empresa possui) e os passivos (tudo que a empresa deve). Indica o valor real da empresa.
Investimento x custo
Investimentos são gastos que visam retorno futuro. Já os custos são necessários para manter a operação. Saber diferenciar os dois ajuda a priorizar melhor os recursos.
Como analisar as finanças de uma empresa (passo a passo)
Uma boa análise financeira exige organização, disciplina e um olhar estratégico. A seguir, conheça os principais passos.
Levantamento e organização de dados financeiros
O primeiro passo para uma gestão eficiente é reunir todas as informações relevantes para a empresa: receitas, despesas, contratos, tributos e demonstrações contábeis. Mantes os dados organizados e atualizados é o que permite uma visão real do negócio.
Análise de demonstrativos contábeis
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) são as principais ferramentas para entender a saúde financeira da empresa. Elas revelam desde a origem das receitas até o nível de endividamento e capacidade de investimento.
Avaliação de indicadores de desempenho
Indicadores como margem de lucro, liquidez e endividamento ajudam a interpretar os dados de forma comparativa. Eles apontam tendências e sinalizam se a empresa está no caminho certo, além de ajudar no planejamento de melhorias.
Identificação de gargalos e oportunidades de economia
Ao cruzar todos os dados levantados, é possível identificar onde estão os maiores custos e se eles são justificáveis. A conta de energia, por exemplo, costuma ser um ponto de atenção e, muitas vezes, pode ser otimizada com estratégias simples ou até mesmo com a migração para o Mercado Livre de Energia, por exemplo.
A importância da análise financeira para a tomada de decisão
As finanças não são um departamento isolado. Elas impactam diretamente todas as áreas de uma empresa. É por isso que uma análise bem feita permite decisões mais assertivas sobre contratações, expansão, investimentos e cortes em todas as frentes em que o negócio atua.
Além disso, é a partir da análise financeira que se constrói o planejamento estratégico, se identifica o momento certo de crescer — ou de segurar os gastos por um tempo — e se garante mais competitividade no mercado.
Exemplo: como revisar os custos com energia pode melhorar a saúde financeira
Imagine que você tem uma indústria que gasta R$ 50 mil por mês com energia elétrica. Ao apostar em uma solução como o Mercado Livre de Energia, por exemplo, é possível negociar contratos e diminuir essa despesa para R$ 35 mil. Em um ano, a economia supera R$ 180 mil — valor que pode ser reinvestido no negócio ou utilizado para reforçar o caixa.
A decisão, claro, deve ser tomada com base em toda a análise financeira que você aprendeu a fazer aqui.
Ferramentas e práticas recomendadas para gestão financeira
Contar com boas ferramentas de gestão é fundamental para garantir clareza nos números, evitar erros e manter as finanças sob controle. Abaixo, mostramos algumas das mais utilizadas:
- planilhas financeiras: apesar de simples, continuam sendo aliadas poderosas de algumas empresas, principalmente as menores. Permitem organizar receitas, despesas e fluxo de caixa com flexibilidade e personalização, mas exigem atenção para evitar erros e perda de dados;
- softwares de gestão (ERP, BI, CRMs integrados): são soluções mais robustas, que automatizam tarefas e centralizam informações financeiras, fiscais e operacionais em um só lugar;
- contabilidade consultiva: o contador passa a atuar de forma estratégica, ajudando a interpretar os dados e tomar decisões;
- controle de despesas fixas e variáveis: uma boa prática é categorizar os custos, identificando o que pode ser reduzido sem prejudicar a operação. Ter essa visibilidade ajuda a evitar desperdícios, priorizar investimentos e até negociar melhores condições com fornecedores.