O setor de frigoríficos do MS é um dos motores da economia — e os dados de 2025 reforçam esse protagonismo. Segundo o IBGE, foram abatidas 957.777 cabeças de gado no estado apenas no primeiro trimestre do ano, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse crescimento colocou o MS entre os estados que mais contribuíram para a alta nacional de 4,6% no volume de abates.
Com a expansão da produção, os frigoríficos enfrentam um desafio cada vez mais urgente: o custo com energia elétrica, um dos principais componentes operacionais da indústria da carne. A refrigeração, o processamento e o armazenamento exigem consumo elevado e constante, o que torna a gestão energética uma alavanca fundamental para garantir competitividade e sustentabilidade.
Neste cenário, o Mercado Livre de Energia (MLE) desponta como uma alternativa eficaz para reduzir custos, obter previsibilidade e migrar para uma matriz mais limpa. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo!
Alta demanda energética nos frigoríficos
O processo de abate e industrialização da carne envolve uma cadeia energética complexa. Nos frigoríficos do MS de médio e grande porte, três áreas concentram a maior parte do consumo:
- refrigeração industrial, responsável por manter carcaças e subprodutos em temperaturas controladas 24h por dia;
- processamento de carnes, que utiliza motores elétricos, esteiras, compressores e equipamentos automatizados;
- armazenamento em câmaras frias, onde o resfriamento contínuo é indispensável para garantir a segurança alimentar.
Essas atividades não apenas consomem grandes volumes de energia, como também geram picos de demanda, especialmente nos horários de maior produção. No mercado cativo, esses picos são tarifados com custos adicionais, como bandeiras vermelhas e cobrança por demanda excedente, que tornam a conta de luz imprevisível e ainda mais pesada.
Para frigoríficos, que operam com margens apertadas, esse cenário exige soluções energéticas mais inteligentes.
Refrigeração industrial: a vilã da conta de luz
Os sistemas de refrigeração são, historicamente, os maiores consumidores de energia dentro de um frigorífico. Estima-se que eles possam representar até 80% do consumo elétrico total de uma planta industrial de médio porte, especialmente quando incluem túneis de congelamento e câmaras de estocagem de longo prazo.
E justamente por ser o maior consumidor de energia dentro do frigorífico, o sistema de refrigeração impacta diretamente no custo final do produto. De acordo com levantamento da ABRACE, a energia pode representar até 33,3% do preço da carne no Brasil — um peso que se reflete em toda a cadeia produtiva, da operação até o consumidor final.
Por isso, a eficiência energética começa pela refrigeração. A modernização de equipamentos, o uso de tecnologias como variadores de frequência, sistemas de automação e isolamento térmico eficiente, além de um controle rigoroso das temperaturas, são medidas que contribuem para reduzir o consumo sem comprometer a segurança dos produtos.
Outra frente importante é a gestão inteligente da curva de carga. Ajustar horários de operação, evitar picos concentrados e negociar contratos sob medida no Mercado Livre de Energia são formas de controlar não só o consumo, mas também o custo efetivo da energia.
Benefícios fiscais e incentivos para frigoríficos do MS
Além dos ganhos técnicos, frigoríficos do MS que optam pelo Mercado Livre de Energia também podem ter acesso a benefícios fiscais.
Um dos mais relevantes é a possibilidade de isenção de ICMS sobre a energia contratada no Ambiente de Contratação Livre (ACL), quando o fornecedor e o consumidor estão localizados no mesmo estado e a energia é de fonte incentivada (como hidrelétrica, eólica ou solar). Essa isenção, prevista em regulamentos estaduais, podem ampliar ainda mais a economia total da operação.
Saiba mais sobre o Mercado Livre de Energia
O Mercado Livre de Energia para frigoríficos do MS é um ambiente em que empresas podem negociar livremente seu fornecimento de energia, escolhendo o fornecedor, o tipo de fonte (renovável ou convencional), o volume contratado e o prazo do contrato.
Diferentemente do mercado cativo, onde tudo isso é definido pela distribuidora, no ACL há liberdade, previsibilidade e possibilidade de redução de custos em até 30%, a depender do perfil de consumo do negócio.
A Clarke Energia, gestora especializada com forte atuação no Mato Grosso do Sul, oferece suporte completo para frigoríficos que desejam migrar: análise de viabilidade, negociação contratual, adesão às normas, monitoramento do consumo e otimização contínua. Com conhecimento profundo da cadeia produtiva da carne, a Clarke atua como parceira estratégica para tornar a energia um diferencial competitivo real.